Projeto é coordenado pelo técnico praiano Alexandre Vieira
O Praia sempre foi um local de pioneirismo e inclusão. Isso pode ser notado na acessibilidade do Clube, assim como no esporte praiano. A Equipe Paralímpica de Natação é nosso maior exemplo e orgulho disso, com atletas profissionais da modalidade competindo e acumulando vitórias. E o cenário para 2018 é de novidade: será implementada a primeira Escolinha de Natação Paralímpica do Clube.
O projeto visa à iniciação de alunos de 6 a 14 anos com deficiências física, visual e intelectual. Dentre os objetivos, estão: garantir a socialização e integração da pessoa com deficiência na sociedade, estimulando a autoestima e autoconfiança; garantir a aprendizagem e iniciação esportiva de crianças e adolescentes por meio da modalidade; garantir renovação futura da Equipe Paralímpica de Natação do Praia.
O Coordenador Geral do projeto é o Técnico Praiano Alexandre Vieira, que contará com professores responsáveis pelas aulas e estagiários para auxiliarem no processo. Segundo ele, o trabalho será intenso. “Será um desafio, pois cada deficiência é particular. Para isso, teremos ensinamentos lúdicos para atrair as crianças e os adolescentes. Seguimos sempre a linha da individualidade, pautados no desenvolvimento de cada atleta. Acompanharei as aulas com frequência, dando palestras integrando nossa equipe profissional aos jovens, para mostrar que o caminho pode ser positivo e glorioso. Temos uma meta anual de 15 alunos, justamente por querermos qualidade e desenvolvimento de cada um”, comentou.
As aulas têm vagas limitadas e acontecerão na Piscina do Complexo G4 às terças e sextas-feiras, das 14h às 16h. Para participar, é necessário ser sócio e apresentar laudo com a deficiência especificada, além de agendar nivelamento. Para tanto, os interessados devem procurar a Central de Atendimentos do Praia.
O retorno físico e psicológico da natação para as pessoas com deficiência pode ser notado de diversas formas, principalmente na facilidade do indivíduo se locomover sem grandes esforços na água. Na fase de iniciação do esporte, dá-se muita importância ao ensino lúdico, como jogos aquáticos. Estes jogos estimulam o deslocamento dos alunos, bem como sua flutuação e superação, proporcionando meios para que cada um adapte suas condições funcionais. Ainda de acordo com Alexandre, é uma maneira pensar no futuro e dar visibilidade a um público marginalizado. “Atualmente, temos que trazer atletas de fora para compor nossa equipe profissional. A ideia do projeto é tentar criar condições para que esses novos alunos, futuramente, ingressem em nossa equipe. Claro, o objetivo não é somente o alto rendimento, mas dar condições para que esses alunos tenham uma qualidade de vida melhor, elevada autoestima e que sejam cidadãos com potencial a ser desenvolvido dentro da modalidade. Por questões culturais e por insegurança dos pais, muitas crianças com deficiência ficam em casa. É um projeto para que a pessoa com deficiência saia de casa e veja o quão benéfico é o esporte. Queremos demonstrar que há condições para isso”, concluiu.
